segunda-feira, 28 de junho de 2010

Encontro de Tecnologia reúne representantes de nove prefeituras em Teresópolis

Prefeito Jorge Mario (ao centro) e o Secretário de Desenvolvimento Social Rudimar Caberlon com equipe do Serpro e palestrantes do I Encontro de Tecnologia das Prefeituras Fluminenses


Com o tema “Soluções para a Melhoria da Gestão Municipal”, aconteceu em Teresópolis na última sexta-feira, 18 de junho, o I Encontro de Tecnologia das Prefeituras Fluminenses. Realizado no salão de convenções do Vilanova Parque Hotel, na Cascata Guarani, o encontro reuniu representantes do município e também de Duque de Caxias, Italva, Macaé, Mendes, Miracema, Nova Friburgo, Nilópolis e Petrópolis. 

Promovido pelo Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), ligado ao Ministério da Fazenda, o evento contou com o apoio da Prefeitura de Teresópolis e foi realizado com o objetivo de compartilhar com as administrações municipais soluções livres, desenvolvidas pelo Serpro e outros órgãos do Governo Federal, para viabilizar o governo eletrônico e a inclusão digital. 

Recepcionados com um kit contendo informações turísticas sobre o município, disponibilizado pela Secretaria de Turismo de Teresópolis, os participantes acompanharam palestras e oficinas sobre governo eletrônico, sistema de convênios para prefeituras, consórcios públicos, segurança pública e construção de portais. Os assuntos foram desenvolvidos por especialistas do Serpro, do Ministério da Justiça e do Senado Federal. Cada prefeitura recebeu um kit com material impresso explicativo e CDs com os softwares para que a administração pública possa testar e descobrir a viabilidade de cada um. O pacote continha softwares como o Xoops (construção de portais para Prefeitura, Expresso (correio eletrônico), e-Cidade e economia solidária. 

“Fico satisfeito por Teresópolis ter sido escolhida como sede desse encontro, que ofereceu ferramentas para promover a inclusão digital. A tecnologia da informação é um importante instrumento para dar mais agilidade e eficácia à administração pública na prestação de serviços à população, e o encontro é o espaço certo para compartilhar as soluções desenvolvidas pelo Serpro”, avaliou o Prefeito Jorge Mario, que participou do I Encontro de Tecnologia das Prefeituras Fluminenses acompanhado dos secretários de sua equipe de governo. 

Para a Coordenadora de Cooperação e Relações Institucionais do Serpro, Embaixatriz Ana Amorim, o órgão vem prestando um trabalho cidadão de inclusão social e digital. “Já realizamos vários encontros como este em outras regiões do País, dando continuidade ao projeto do Serpro de estimular as prefeituras para a boa utilização desses softwares que desenvolvemos. Além do encontro aqui em Teresópolis, também inauguramos o primeiro telecentro, outro importante serviço oferecido pelo Serpro, com acesso à internet e cursos à disposição da população”, destacou, referindo-se ao telecentro inaugurado na última quinta, 17, no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) do Alto. 

Palestrante do I Encontro de Tecnologia das Prefeituras Fluminenses, o representante do Ministério da Justiça, Reinaldo Gomes, falou sobre o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania). Ele salientou que o Sistema Nacional de Segurança Pública também incorpora a questão digital como importante componente de trabalho. “Temos o videomonitoramento, os inquéritos virtuais e outras ações que são estabelecidas com as tecnologias implementadas e favorecidas pelo Governo Federal. Portanto, temos um sistema moderno do Século 21 de segurança pública”, analisou. 

Especialista em políticas públicas da Subchefia de Assuntos Federativos da Presidência da República, Martim Vicente Gottschalk falou sobre consórcios públicos, instrumento de gestão municipal que permite aos municípios se associar para prestar melhor os seus serviços em diversas áreas. “O Encontro de Tecnologia em Teresópolis foi bastante produtivo. Tivemos gestores públicos e técnicos de várias prefeituras interessados nos temas abordados. O número de municípios também foi interessante, pois facilitou a difusão das informações”. 

Interação 
O Secretário de Planejamento de Teresópolis, Adriano Guedes Carneiro, demonstrou interesse especial na palestra da analista de sistemas Imaculada Zille, do Serpro. A especialista falou sobre o Siconv, sistema de gestão de convênios do Governo Federal. “É uma ferramenta que deve ter o seu acesso democratizado, para que os gestores públicos a conheçam e possam utilizá-la. Graças a essa ferramenta, em 2009 Teresópolis foi uma das cidades com menos de 200 mil habitantes do Estado do Rio de Janeiro que mais captou recursos através desse sistema”, lembrou. 

O Secretário de Segurança Pública de Nilópolis, Roberto de Oliveira Penteado, prestigiou o encontro acompanhado do seu Superintende de Operações, Antonio Carlos Castilho. “Esse evento teve uma importância fundamental, pois a partir do conhecimento de novas tecnologias nós podemos dar celeridade e modernizar a gestão nas prefeituras em todos os segmentos”, opinou. 

Duque de Caxias também marcou presença no Encontro de Tecnologia, com a participação do Secretário de Trabalho, Renda, Ciência e Tecnologia, Jorge César de Abreu, acompanhado do Secretário de Desenvolvimento Econômico, Pedro Paulo Barbosa Noyma, e equipe. “Encontros como esse são estratégicos para a difusão de tecnologias e conhecimentos que facilitam a gestão pública de forma transparente. Tratamos de temas atuais para uma gestão moderna, como se espera de uma nação que entra no mundo globalizado e se insere nas agendas do Século 21, principalmente com relação às questões científicas e tecnológicas”, comentou o Secretário Jorge César de Abreu. 

Para o Secretário de Desenvolvimento Social e Economia Solidária de Teresópolis, Rudimar Caberlon, o evento foi excelente oportunidade para os municípios buscarem soluções comuns na área de tecnologia. “Temos que investir em novas tecnologias para melhor atender as demandas na gestão da saúde, na área de habitação e em outros setores. Quanto mais informação os municípios tiverem, e quanto mais articulados e integrados para trabalhar, certamente o resultado será a melhor prestação de serviços públicos para a comunidade”, concluiu.

Fonte: Ascom - Prefeitura de Teresópolis (Silvia Pimentel e Marcos Esteves)

sábado, 26 de junho de 2010

“Operação Trabalho” incorpora mais 200 desempregados

REPORTAGEM: José Attico


A data é 1º de julho. Nesse dia mais 200 homens e mulheres, alguns deficientes físicos, serão incorporados à “Operação Trabalho”, um programa da secretaria de Desenvolvimento Social e Economia Solidária que vai ao cadastro do Bolsa Família para realocar pessoas desempregadas.

Os participantes recebem um salário mínimo, passagens, trabalham seis horas por dia com o status de bolsistas da prefeitura e frequentam cursos profissionalizantes, ficando em “sala de aula” duas horas às terças e quintas e quatro horas aos sábados.

“Operação Trabalho” é a segunda ação da prefeitura, na administração Jorge Mário, que busca ampliar horizontes no capítulo da inclusão social. A primeira foi a substituição dos menores do Promaj, que trabalhavam nos estacionamentos do centro da cidade. Assediados até sexualmente, constrangidos, ameaçados quando estavam nas ruas , os adolescentes agora trabalham no interior de repartições públicas de Teresópolis durante três dias da semana.Nos outros dois, fazem cursos profissionalizantes. Ao invés de Promaj, agora nas camisas está escrito “Pique Jovem”.

Hoje, quem ajuda a ordenar o trânsito em Teresópolis são pessoas de mais de 40 anos, também oriundas do Bolsa Família. Mas ao contrário dos adolescentes, que lidavam diretamente com dinheiro, o pessoal do “Pare Legal” limita-se a indicar ao motorista que deve comprar um talão, na banca de jornais mais próxima ou em lojas comerciais, para ter direito a estacionar seu carro no local preferido. Ou disponível. Cinquenta pessoas trabalham no programa.

Nas ruas
Outros cinquenta foram agregados aos funcionários da secretaria de Serviços Públicos e, sob as mesmas condições, estão empregados nas diversas tarefas executadas pelo órgão: recuperações do piso de ruas, varrição, desentupimento de galerias e outros trabalhos de menor porte, já que caberá à futura Empresa Municipal de Urbanismo e Obras Públicas executar e/ou fiscalizar a execução de obras de maior peso. Como, por exemplo, a recuperação do Centro Administrativo, a reconstrução do antigo PAM da Barra e a construção da Casa de Passagem, obras já licitadas.

A experiência mais recente da “Operação Trabalho”, no entanto, começou há um mês e tem uma segunda vertente. No Centro de Referência da Assistência Social do Barroso, o CRAS, seis mulheres vão se adaptando às novas máquinas industriais de costura, compradas pelo município, e começam a produzir os 500 conjuntos de uniformes (camisa moletom e calça) que os atletas de Teresópolis vão utilizar nos próximos Jogos de Inverno. “Estamos fazendo uma economia em torno de 30% a 40% em relação aos preços normais do comércio”, explica a coordenadora e instrutora de costura Maria de Lourdes Granito.

São seis costureiras que trabalhavam ali mesmo no CRAS produzindo peças de artesanato para a barraquinha, montada pela prefeitura, na Feira do Alto. E de onde saíam, principalmente, prendedores de porta, bonecas e alguns enfeites comprados pelos turistas que visitam a Praça do Alto. Lulu, como é conhecida pelo pessoal do Centro, ensina a melhorar o desempenho nas máquinas, controla a qualidade do produto final e vai, aqui e ali, ensinando as artes do corte e costura. “A gente ainda está apanhando um pouco, mas daqui a pouco melhora”, diz uma das costureiras envolvidas com a produção dos uniformes.

Mulheres do CRAS
“Hoje, muitas confecções de porte, inclusive de Teresópolis, preferem baixar custos, instalando as máquinas de costura na casa dos profissionais e pagando por produção”, explica Lourdes Granito. As costureiras que dão duro no CRAS do Barroso, porém, estão divididas quanto ao futuro, quando o contrato de seis meses renováveis por mais seis terminar.

Maria Catarina Duarte de Souza, moradora no Barroso e que trabalha com artesanato há quatro anos não tem dúvidas de que sua renda mensal vai aumentar com o trabalho em que agora está envolvida. “É bom, pretendo aprender, evoluir”, diz. Sebastiana Gomes Fabrício, “que já fazia alguma roupa a mão para os filhos”, está indecisa, mas acha melhor usar o treinamento de agora para “trabalhar numa confecção”. Como as outras cinco costureiras da “Operação Trabalho”, atravessou o pátio do Centro de Referência, trocando o artesanato pela produção de uniformes.

Cristiana de Lima Silva, ex-faxineira, ex-empregada doméstica, acredita em voos mais altos: quer “montar um negocinho e trabalhar em casa”. A arrematadeira Míriam Ferreira Gonçalves “gostaria que o grupo continuasse junto, trabalhando no sistema de cooperativa”. Ela considera “um avanço grande” o aprendizado nas máquinas industriais e não quer deixar passar “essa oportunidade de aprender mais”.

É mais ou menos o que pensa a ex-dona de casa Ana Paula Santos da Silva Gonçalves, também favorável à montagem de uma futura cooperativa das mulheres do CRAS. Ela acredita que “está evoluindo profissionalmente” e acredita que “com um pouco mais de ajuda da prefeitura” a montagem da cooperativa pode virar realidade.

Ferrnanda da Silva Teixeira começou há pouco mais de um ano e meio fazendo um curso para trabalhar com artesanato. Aprendeu muito. E agora não perdeu a chance de dar mais um passo. Acha que a união das costureiras pode ser uma “solução que valha a pena”, mas não descarta a possibilidade de trabalhar numa “confecção maior”.

Trabalho, aliás, é o que não vai faltar nos próximos meses para as costureiras. A prefeitura já decidiu que os 26 mil uniformes escolares previstos para 2011 também serão confeccionados “em casa”.

Para onde vamos?
A pergunta é chave no ideário da “Operação Trabalho”. O que acontece depois que as pessoas envolvidas no processo forem substituídas por novas levas de inscritos no Bolsa Família, hoje desempregadas e sem muitas perspectivas? A idéia do programa é que depois do retorno - ainda que precário no caso de quem está vinculado à secretaria de Serviços Públicos e ao “Pare Legal” - essas pessoas possam encontrar vias melhor pavimentadas para ingressar no mercado formal de trabalho.

“Mas elas também podem decidir por montar cooperativas, micro empresas ou similares e passarem a trabalhar por conta própria”, diz o secretário Rudimar Caberlon. “Esse é, aliás, o foco principal do programa”. “O pessoal que está trabalhando nos Serviços Públicos, por exemplo, vai receber treinamento em jardinagem e paisagismo”, explica o ex-secretário de Desenvolvimento Social, Ary Moraes.

“Quem tiver treinamento em profissões como bombeiro hidráulico, pedreiro, pintor, também pode ser auxiliado a formar cooperativas de pequeno porte e, no futuro, prestar serviços para construtoras da cidade. O importante é abrir caminhos novos para quem, hoje, está sem perspectivas.

Um exemplo do sucesso de programas como “Operação Trabalho” pode ser encontrado na cantina da própria secretaria de Desenvolvimento Social e Economia Solidária. Ali, um grupo de mulheres se reuniu para preparar refeições e lanches não só para os funcionários do próprio órgão, como para outras repartições da prefeitura. Hoje muitos coffee breaks servidos no prédio da avenida Lúcio Meira saem da cantina. Detalhe: as cozinheiras, todas, já deixaram o Bolsa Família.

A idéia da “Operação Trabalho”veio de um experimento similar feito em Osasco, São Paulo. Rapidamente, porém, o atual secretário , Rudimar Caberlon e seu antecessor no cargo, Ary Moraes, perceberam que seria necessária uma adaptação para a realidade de Teresópolis. “Estamos em fase de teste permanente”, diz Caberlon, “e não pode ser de outro jeito, a coisa toda é nova, temos que ser criativos, buscar caminhos novos, inventar”.

Telecentro de Informática inaugurado no CRAS Alto - SMDSES

Prefeito Jorge Mario, a Embaixatriz Ana Amorim e o Coordenador do Serpro Luiz Cláudio de Souza na inauguração do Telecentro de Informática do Alto

O Prefeito Jorge Mario inaugurou na última semana o primeiro dos quatro Telecentros de Informática que serão instalados no município este ano. O Telecentro do Alto fica localizado na Secretaria de Desenvolvimento Social e Economia Solidária. A implementação dos Telecentros acontece graças a uma parceria da Prefeitura de Teresópolis com o Governo Federal, através do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), e vai oferecer cursos gratuitos de informática além do acesso da população ao mundo digital. A inauguração contou com a presença da Embaixatriz Ana Amorim, Coordenadora de Cooperação e Relações Institucionais do Serpro.

“Estamos cumprindo mais um compromisso de campanha que é a inclusão digital de pessoas que antes não tinham acesso ao mundo digital. Os cursos e o acesso gratuitos vão trazer a oportunidade de conhecimentos de informática, primordiais no mercado de trabalho atual. Agradeço Teresópolis ter sido escolhida para a implementação dos telecentros. Isso aconteceu graças ao bom relacionamento que temos com a esfera federal. Faço um agradecimento especial a Embaixatriz Ana Amorim pelo empenho em trazer para nossa cidade esse projeto tão importante”, enfatizou o Prefeito Jorge Mario.

Ana Amorim parabenizou a chegada dos Telecentros ao município. “Frequento Teresópolis há 52 anos e tenho um carinho especial pela cidade e fico feliz em ver que a cidade tem um Prefeito preocupado com as questões sociais, como a incluso digital”, salientou a Embaixatriz. Os Telecentros estão incluídos no Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades, ligado ao Serpro. São espaços públicos e comunitários que funcionarão nos CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) existentes no município, nos bairros do Alto, Barroso, Meudon e Fischer, e que vão beneficiar tanto os jovens dos programas sociais Pró-Jovem, Pique Jovem e Pique Trabalho quanto a população em geral.

Adolescentes do Pique Jovem na aula de iniciação à informática no Telecentro do Alto

“O Telecentro do Alto terá 16 computadores e no total serão 38 instalados nos CRAS. Estamos adaptando os locais para receberem os centros. A previsão é de que todos estejam funcionando até o final do ano. Vamos capacitar cerca de 400 adolescentes e jovens cadastrados nos programas sociais e a população em geral também terá acesso gratuito aos centros de informática”, explica o Secretário de Desenvolvimento Social e Economia Solidária, Rudimar Caberlon.

O Coordenador Nacional de Inclusão Digital do Serpro, Luiz Cláudio Mesquita de Souza, ressaltou a importância da parceria entre o órgão federal e a Prefeitura na realização do projeto no município e o Coordenador Regional do Serpro no Estado do Rio, Carlos Henrique Machado, destacou a vontade do Governo Municipal em levar a tecnologia da informação para o maior número possível de pessoas.

A inauguração do Telecentro teve oficinas de iniciação à informática com técnicos do Serpro. Os adolescentes do Pique Jovem, programa social do Governo Jorge Mario que contempla pessoas entre 16 e 18 anos, puderam acompanhar uma demonstração sobre as ferramentas disponíveis no cíber. “Estou contente por saber que agora terei acesso ao computador e à internet. Hoje em dia é muito importante saber mexer com informática”, comentou Emile Santos, inscrita no programa há quase um ano.

           Embaixatriz Ana Amorim e o Secretário Rudimar assistem à apresentação de capoeira de jovens do Pró-Jovem

Na ocasião, jovens do programa Pró-Jovem fizeram uma apresentação de capoeira e foram bastante aplaudidos. Para mais informações sobre os Telecentros basta se dirigir à Secretaria de Desenvolvimento Social e Economia Solidária, na Av. Alberto Torres, 1.148, no Alto, ou ligar para (21) 2742-3080 ou 2742-3045, das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira.

Fonte: Ascom - Prefeitura de Teresópolis (Mara Lúcia e Marcos Esteves)